As dívidas estão batendo na porta e você não sabe o que fazer para quitá-las? Sua empresa está sem dinheiro em caixa mas as contas não param de chegar? A primeira alternativa costuma ser pegar um empréstimo. Mas será mesmo que adquirir uma dívida a longo prazo é realmente vantajoso? É o que vamos discutir a seguir.
Na maioria dos casos, pegar um empréstimo pode ser a única solução para tirar você ou sua empresa de apuros. A menos que você possua precatórios. Nesse caso, não faz sentido se sujeitar às elevadas taxas de juros, se você pode vender seu precatório, ter o dinheiro em mãos e não ficar devendo nada a ninguém. Faz sentido agora? Nós vamos explicar melhor.
Ao pegar um empréstimo, uma pessoa física paga em média 7% ao mês de juros, o que dá quase 84% ao ano, conforme dados do banco central*. Ou seja, essa pessoa precisará pagar ao banco quase duas vezes o valor do empréstimo contraído no prazo de apenas um ano.
Vamos ao exemplo: Caso a pessoa precise de 70 mil reais, quanto ela vai pagar de empréstimo?
12 Meses
70.000 X 84% = 58.800 (Só de Juros)
70.000 + 58.800= 128.800 (Total a pagar em um ano)
Juros ao mês = 4.900,00
24 Meses
70.000 X 168% = 117.600 (Só de Juros)
70.000 + 117.600= 187.600 (Total a pagar em dois ano)
Juros ao mês = 4.900,00
E se o empréstimo for para uma empresa? A média das taxas de juros cobradas pelos bancos giram em torno de 2,5% ao mês, o que equivale a 34% ao ano. Esses juros são maiores do que o deságio. Ou seja, vendendo o precatório a empresa tem um custo financeiro menor do que o custo de um empréstimo.
Se a pessoa física ou jurídica escolher vender um precatório, não terá que pagar nada, mas sofrerá um desconto a ser aplicado pelo comprador sobre o valor do precatório. Esse desconto, chamado de deságio (já explicamos sobre ele nesse texto) varia entre 15% e 35% ao ano, dependendo do tipo e critérios do precatório. Ou seja, é muito menor do que os 84% da operação de um ano e principalmente os 168% na operação de dois anos cobrados em um empréstimo para a pessoa física e pode ser muito mais vantajoso para a pessoa jurídica/empresa, já que o empréstimo estaria em média no limite máximo da margem praticada na compra de precatórios.
Além de representar uma “perda” de dinheiro bem menor, ao optar por vender o precatório a pessoa ou empresa quita sua dívida sem se comprometer com endividamento futuro. Afinal, não adianta tapar o sol com a peneira, desafogar os gastos hoje e ficar devendo bancos a juros altíssimos amanhã ou depois.
Depois do que foi dito, ficou claro porque vender precatórios é mais vantajoso do que adquirir um empréstimo, não é mesmo?
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Fonte: bcb.gov
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